quinta-feira, 21 de abril de 2011

Cultura para quem precisa...

 Tá bom... ando ausente, mas tenho um bom motivo, falta de tempo. Aliás, tempo deveria ser vendido em pó, assim poderia comprar um pouquinho e aproveitar para fazer tudo que gosto.
Eu gosto do mágico*. Vou explicar, mágico é tudo aquilo que te faz sentir prazer, por exemplo, amar é mágico, sair com os amigos é mágico, conhecer coisas novas é muito mágico e gotas de cultura é hipermegamágico! 
  Dia desses estava no meu twitter, quando aparece na minha timeline uma notícia que me chamou a atenção... reabre a Casa da Ribeira! Nossaaaa... isso foi um orgasmo cultural! A casa da Ribeira é mágica! A Ribeira é mágica! Eu mais que rapidamente ligo para a casa e reservo, show da Banda Uskaravelho por apenas cinco reais! Legal demais da conta, meu bolso e meus ouvidos agradecem!
  Show marcado, lá vai eu com meu amado curtir o melhor Pop Rock potiguar, os músicos são de “premera” , uma música que me chamou atenção pela letra e pela melodia foi Fuga Entorpecida, que na hora subiu no meu conceito. Agora o site da Casa da Ribeira está nos meu favoritos. Eu, como muitos outros natalenses, não freqüento assiduamente teatro no shopping por falta de dinheiro, agora não freqüento por ter uma opção bem melhor... Viva a Ribeira, berço da nossa cidade tão esquecida pelo poder público! 
  Por falar em poder público, tem tanto lugar bom que está esquecido pelos nossos administradores, por exemplo: O teatro Sandoval Wanderley, tem capacidade para 180 pessoas e está fechado há tempos (Março de 2010), a Funcarte que é responsável pelo espaço, desde então deu por enterrado o saudoso teatro, e ele realmente foi enterrado pelos artistas do município, dia desses eles estavam desfilando com um caixão em pleno o bairro do Alecrim simbolizando o cortejo fúnebre do teatro. Poxa! Tenho boas recordações daquele lugar, freqüentava quando criança para assistir peças e espetáculos da escola. No site da Funcarte tem tanta propaganda das manifestações culturais do nosso município que qualquer Pernambucano fica com inveja, pena que a maioria não existe e quem perde é o povo que continua iludido com os autos natalinos anuais...  
  
*Mágico foi um termo que aprendi na Faculdade devido aos estudos de antropologia, é muito usado por mim e minhas amigas para simbolizar bons momentos entre nós. A vocês dedico essa postagem... 

O enterro do teatro... Triste notícia.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Não quero luxo nem lixo...

 Lixo na árvore de Natal do Natal! e é um atrativo da cidade!

Ontem, assistindo a uma reportagem na Globo News  (ou era Rede Globo?) sobre a tragédia ocorrida no Japão vi algo extremamente raro. Um servidor da companhia de serviços urbanos, catando lixo com uma pince (isso devido à contaminação por resíduos nucleares que foram espalhados na chuva e na neve), é interessante pensar sobre o que é educação. A reportagem dizia que, mesmo depois de tantas tragédias não houve casos de saques em supermercados e que até as filas para abastecimento dos carros eram respeitadas!  Tá bom, tem toda aquela melancolia típica dos repórteres, mas nooooossa!!! Isso é realmente do outro lado do mundo.
Aqui, este caloroso país, mais especificamente nesta capital chamada de Natal, aonde não existe nem terremoto e tsunami, a cidade vive um caos, que qualquer oriental ficaria admirado. Quando chove 10 minutos as ruas são lavadas, mas por esgotos a céu aberto, crateras são formadas nas ruas... e olhe que nem terremoto teve. E o lixo, é necessário 128 milhões de japoneses com pinces para colher...
Não quero aqui, comparar a situação do Japão com a nossa cidade! É incomparável, o que aconteceu lá realmente é uma tragédia muito grande, mas era algo inevitável, são as forças da natureza agindo! Mas aqui no Natal, são as forças da má administração e do voto de pessoas sem consciência política que agem!  

domingo, 13 de março de 2011

Pelos buracos que seguem, ou que me followers...

                                 Ilustração... Pesadelo com o vilão Darth Vader acabando com a moto nos buracos do Natal!
Quem nunca teve aquela sensação de cair quando estava entrando em sono profundo? Eu tenho! Você vai entrando em sono profundo quando percebe que vai cair acorda assustado.
Ultimamente tenho tido essa sensação repetidas vezes, mas não trata-se de sonho, pois estou acorda andando de moto pelas ruas de nossa Cidade. Explico, eu e meu marido temos uma motocicleta, estilo custom super confortável, curtimos moto clube e viagens em moto. Então, dá para perceber que não temos uma moto, mais sim um “chamego” motociclista. Adoramos passear por ai sentindo o vento em nosso rosto e curtindo a liberdade que só existe para quem gosta de andar em duas rodas. Esse prazer nos últimos meses vem sendo afetado por uma “deformação” no asfalto e calçamento de nossa cidade.
Quem tem moto sabe, como é desconfortável passar por um buraco, mas além disso é muito perigoso. No carro, você está protegido pela estrutura, mas na moto você está completamente exposto, comparando com o carro, se você cair quem vai sofrer as escoriações vai ser seu corpo e não o automóvel. Dias desses tive um pequeno incidente lombar devido a um buraco em plena a Av. Alexandrino de Alencar, ao passar pelo buraco, meu esposo não conseguiu desviar e eu praticamente voei da moto, mas devido a minha habilidade em segurar nele com toda força não cheguei a cair (tadinho dele), com o impacto sofrido senti fortes dores na região lombar que na hora cheguei a passar mal. Agora, fico um pouco assustada quando passamos em alguns lugares com muitos buracos, e por falar nisso a nossa moto tá na oficina para alguns “reparos”, por que será?
Mas meus contatos com os buracos do Natal não terminam por aí, dia desses, ao abrir meu Twitter me deparo com um novo seguidor chamado de “buracos de Natal”, agora além dos buracos aparecerem na rua, eles me seguem no twitter. Na hora a minha reação foi mostrar ao meu esposo, que sabendo do meu trauma com os buracos “rachou” de rir. Depois descobri que os “buracos de natal” têm um site... Tá brincando não é? Nada! Tá lá, as fotos dos buracos! Brincadeira! Trata-se de um anônimo que criativo criou um site*, http://www.buracosdenatal.wordpress.com/, em que as pessoas registram a imagem dos mimosos buracos da nossa cidade e enviam para ele. Legal né?
Visitei o site e acredite, o tal buraco que tanto me traumatizou estava lá! Estou ficando com medo de visitar o site e a noite sonhar com os buracos. Vai ser demais para mim, buracos me seguindo na rua, no twitter e nos meus sonhos, ou será pesadelos?

* Pessoal do site buracos de Natal, parabéns pela idéia criativa e enviarei as fotos dos temidos "buracos".

sexta-feira, 11 de março de 2011

Eu, eu mesmo e as calçadas!

Rua Jundiaí, quando as árvores ainda eram pequenas e as calçadas livres para os pedestres.

    O grande compositor Chico Buarque em Samba do Grande Amor escreveu assim “Chego a mudar de calçada, Quando aparece uma flor, E dou risada do grande amor. Mentira” Ele em sua amargura deveria ter motivos suficientes para mudar de calçada quando uma flor aparecera em sua frente. Eu, felizmente ao me deparar com uma flor em uma calçada tenho razões para admira - lá, mas confesso que não ando esbarrando com flores pelas calçadas de nossa cidade e sim com bloqueios, carros estacionados e lixo!
    Hoje pela manhã, mas precisamente às 10:00h, ao saltar do ônibus na esquina da Av. Hermes da Fonseca com a Rua Jundiaí no Bairro de Petrópolis, tive meu primeiro desconforto matinal como cidadã natalense!!! (Sim! A Rua Jundiaí é aquela que é cheia de árvores centenárias e que agora está sendo tomada por grandes empreendimentos imobiliários). Estava lá, a calçada fechada por uma fita daquelas para isolamento de área de risco. Tudo bem, devo admitir que tratasse de uma calçada de uma obra de uma grande construtora do nosso País, admito que por razões de segurança a área deve estar bloqueada, afinal, existia uma escavadeira transitando entre a obra e um caminhão estacionado que estava cheio de areia.
   Eu, como ser pensante que sou logo desviei da faixa que bloqueava meu caminho, mas me deparei com outro caminhão estacionado ao lado do caminhão, tipo assim... paralelo um ao outro! Sabe aquela sensação que dá, quando você quer escrachar o primeiro que aparece e não pode? Foi assim que me senti. Pensei! Quem foi o asno que estacionou um caminhão no meio de uma avenida bloqueando o trânsito? A Rua Jundiaí é de fluxo constante, mão e contra mão, e um ser quadrúpede coloca um caminhão bloqueando uma das mãos da rua.
  E agora, quem poderá me defender? Não! O Chapolim Colorado não apareceu! Mudarei eu de calçada, arriscando ser atropelada, para poder continuar meu percurso. E meu direito de ir e vir, onde fica? Com certeza na mão do ser não pensante que resolveu fazer tal transferência de areia em plena manhã, não podendo ele esperar até a noite ou madrugada.
   Resolvi! Fiz sinal que iria passar, o operário que pilotava a escavadeira parou a mesma na hora, passei por baixo da fita e com uma cara não menos raivosa do que um Pitbull eu atravessei a calçada da obra! Pensei cá com meus botões, ligo para algum órgão de fiscalização? Faço um escândalo? A única revoltada fui eu?  Adiantaria? Eu já cansei de ligar e nada acontecer!
  Continuei o meu trajeto e agora estou aqui, descontando minha raiva no teclado do computador... tadinho!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Metamorfose não é fácil...


“Quando Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama transformado num inseto monstruoso”   A Metamorfose   -   Franz Kafka
Já dizia aquele cara que de quase nada sabia, Mahatma Gandhi, Líder e Pacifista Indiano. "Temos de nos tornar a mudança que queremos ver". Será que ele estava certo? Acho que sim! Mas atualmente o que vemos em nossa querida cidade é a "mudança que não queremos ver".
Digo sim, não queríamos ver o Governo da atual administração fracassar de forma tal que nossa "lider" viesse a torna-se motivos de chacotas e vaias, ou até mesmo de um dos nomes mais postados no Twitter. Eu não votei nela, não quis desperdiçar meu voto, mas gostaria que ela tivesse feito por nossa cidade uma administração no mínimo "básica".
Aliás, básico é uma palavra que não existe em nossa cidade, não há serviços básicos de saúde, de limpeza, de manutenção nas ruas, não há incentivo a educação básica, não existe nada de básico nesta cidade, apenas de supérfluo, muita propaganda e pouca atenção ao cidadão.
Por falar em educação básica, eu, quando estava no ensino fundamental, na disciplina de ciências, aprendi que alguns insetos e anfíbios atinge sua vida adulta através de um processo chamado metamorfose, ou seja, era um lagarta "feia" que um dia se esconde em um casulo e depois surge uma linda "borboleta". Isso todo mundo sabe!!
O que muitos não sabem é que a administração de Natal fez o processo inverso! Primeiro era uma borboleta, batendo suas assas em um emissora de TV, sorridente aparecia em todos os lugares, falava com a mesma demagogia de seus ancestrais. Ora povo, não votar em uma mulher, casada, mãe, que já exercia cargos políticos seria um erro... não é mesmo? E foi, votar nela foi um erro, o processo inverso surgiu assim que a borboleta sentou seu corpo peçonhento e apoiou suas assas na mesa do Executivo! Dizia ela: - Aqui ninguém fala em fulano, cicrano e beltrana, tá entendido ou quer que eu desenhe?
É parece que a borboleta estava virando lagarta, saiu do casulo mais feia do que entrou, agora sua vida era chorar sua "retro metamorfose" na sua emissora! E como chora (digna de um prêmio)!
Parece que as pessoas abriram os olhos, e agora a borboleta de alguns era um inseto de nenhuns... desorientada por tanto inseticida contra sua amarga aparência, o que resta à borboleta? Trocar seus assessores, administradores, criar novas Secretarias para abrigar sua família de mariposas, libélulas e varejeiras... acho que sim, pois a Secretaria que estava no papel desde o início do seu mandato, achou de sair exatamente agora, que a "parenta" da borboleta ficou a ver navios...
Vamos aguardar as próximas cenas, desta comédia que é a administração da Borbogata! Ou seria Largoleta?