sexta-feira, 11 de março de 2011

Eu, eu mesmo e as calçadas!

Rua Jundiaí, quando as árvores ainda eram pequenas e as calçadas livres para os pedestres.

    O grande compositor Chico Buarque em Samba do Grande Amor escreveu assim “Chego a mudar de calçada, Quando aparece uma flor, E dou risada do grande amor. Mentira” Ele em sua amargura deveria ter motivos suficientes para mudar de calçada quando uma flor aparecera em sua frente. Eu, felizmente ao me deparar com uma flor em uma calçada tenho razões para admira - lá, mas confesso que não ando esbarrando com flores pelas calçadas de nossa cidade e sim com bloqueios, carros estacionados e lixo!
    Hoje pela manhã, mas precisamente às 10:00h, ao saltar do ônibus na esquina da Av. Hermes da Fonseca com a Rua Jundiaí no Bairro de Petrópolis, tive meu primeiro desconforto matinal como cidadã natalense!!! (Sim! A Rua Jundiaí é aquela que é cheia de árvores centenárias e que agora está sendo tomada por grandes empreendimentos imobiliários). Estava lá, a calçada fechada por uma fita daquelas para isolamento de área de risco. Tudo bem, devo admitir que tratasse de uma calçada de uma obra de uma grande construtora do nosso País, admito que por razões de segurança a área deve estar bloqueada, afinal, existia uma escavadeira transitando entre a obra e um caminhão estacionado que estava cheio de areia.
   Eu, como ser pensante que sou logo desviei da faixa que bloqueava meu caminho, mas me deparei com outro caminhão estacionado ao lado do caminhão, tipo assim... paralelo um ao outro! Sabe aquela sensação que dá, quando você quer escrachar o primeiro que aparece e não pode? Foi assim que me senti. Pensei! Quem foi o asno que estacionou um caminhão no meio de uma avenida bloqueando o trânsito? A Rua Jundiaí é de fluxo constante, mão e contra mão, e um ser quadrúpede coloca um caminhão bloqueando uma das mãos da rua.
  E agora, quem poderá me defender? Não! O Chapolim Colorado não apareceu! Mudarei eu de calçada, arriscando ser atropelada, para poder continuar meu percurso. E meu direito de ir e vir, onde fica? Com certeza na mão do ser não pensante que resolveu fazer tal transferência de areia em plena manhã, não podendo ele esperar até a noite ou madrugada.
   Resolvi! Fiz sinal que iria passar, o operário que pilotava a escavadeira parou a mesma na hora, passei por baixo da fita e com uma cara não menos raivosa do que um Pitbull eu atravessei a calçada da obra! Pensei cá com meus botões, ligo para algum órgão de fiscalização? Faço um escândalo? A única revoltada fui eu?  Adiantaria? Eu já cansei de ligar e nada acontecer!
  Continuei o meu trajeto e agora estou aqui, descontando minha raiva no teclado do computador... tadinho!

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